27.4.18

Larry The Dog



Era uma vez um cachorro. Um cachorro que gostava de ser chamado de Cão.
As pessoas lhe diziam que "Cão" não era nome. "Cão", referia a espécie dele. Mas, ele por ser cachorro, e cão também, não entendia esse tipo de argumentação. Esse dilema durou anos. Pode-se até mesmo dizer que virou um impasse.
Como a coisa estava assim, já havia algum tempo, as pessoas lhe deram um apelido: Larry.
Meio inglesado mesmo, pronunciado léuri. No início ele não gostou, insistia que seu nome era "Cão", mas, as pessoas continuaram a chamar-lhe Larry.
Lá pelas tantas, depois de algum tempo ele começou a atender por Larry.
Esse movimento por parte do Larry tocou as pessoas. Ficaram sensibilizadas com aquele ser canídeo que aceitara a identidade imposta pelos hominídeos apenas para ser aceito em seu meio.
Foi assim então, que o nome completo dele foi nascendo.
As pessoas queriam respeitar o seu desejo de ser chamado de "Cão", porém, como já haviam se habituado a chamá-lo de Larry, começaram a colocar um "The Dog" depois do Larry.
Larry The Dog.
Explicaram para ele que significava "cão" na língua inglesa. Que seria uma variação sutil, e que combinaria muito mais com "Larry". Ele gostou.
Pronto. Havia acabado de nascer Larry The Dog.
Larry, o cão sem fronteiras.
Larry, o cão natural.
Larry, o cão alegre.
Larry, o cão faminto.
Larry, o cão sorridente.
Larry.
Larry The Dog!
E esta é a verdadeira história deste, que entre nós, é o maior dos cães.
É aquele presente em todos os países. É aquele que faz um sucesso silencioso, há tanto tempo que sua cultura o precede.

Larry The Dog!



17.4.18

A 150 milhões de quilômetros daqui...




Hoje pela manhã eu me acordei e vi uma estrela brilhando a 150 milhões de quilômetros daqui. Vi mesmo, de verdade.

Na hora, fiquei tentando imaginar como seria sentir a velocidade a que nos locomovemos ao redor dela...

Me dei conta dos carros apressados e das pessoas com seus destinos diários. Eu, inclusive.

Todos adormecidos pelo esquecimento. Ou quase todos.

Para o senso comum, de encarnado com a consciência adormecida, o Sol nasce, inaugura um novo dia com suas atividades e dita o ritmo de cada dia, e da vida. Sempre. Mas, isto para o senso comum.

Muito legal, porém, é ver de fora.
Algumas poucas vezes na vida podemos nos dotar de "olhos para ver". E isto é tão reconfortante. Obrigado Deus!

A famosa mancha vermelha de Júpiter, que é uma tempestade - não sei quantas vezes maior que o nosso planeta - aliás, a maior tempestade do Sistema Solar, quando vista daqui da Terra (e me refiro a telescópios), é só uma mancha. Até de mais perto, continua sendo apenas uma mancha.

Fazendo uma analogia talvez um pouco cretina, mas, bastante funcional: nossos problemas de encarnados podem ser vistos de forma semelhante, quanto à importância para o espírito. Explico.
Dentro dos problemas, vivenciamos tempestades infindáveis, terríveis. De fora, talvez se configurem apenas manchas.
Talvez sejam invisíveis.

Mais uma vez: obrigado Deus!