22.12.15

ADEUS JÚPITER!


     Hoje é um dia triste para o Rock. Não apenas para o Rock, mas, para a música. Abandonou o corpo mais um gênio do nosso tempo.
     Não era um artista midiático (o que só o tornava mais interessante), mas, qualquer um que não fosse um consumidor eventual de música sabia de quem se tratava, e qualquer um que não fosse um boçal musical sabia reconhecer o seu talento.
     Verdadeiro gênio da música!

     A Sétima Efervescência é, sem medo de cometer exageros emocionados, um dos melhores álbuns já feitos. Um disco que se ouve do começo ao fim sem concessões. E na medida em que se ouve, cada música vai se revelando mais genial que a outra.
     Houve claro, mais despejos de genialidade daquela mente inquieta, mas, este disco em particular mexeu comigo profundamente.
     Descansa em paz Júpiter! Continuarás vivo através da tua música em nossos corações.

     E por mais clichê que isso possa vir a se tornar:

     - Espero que tu estejas em um lugar com um som legal, com gente legal e que tenha cerveja barata. Onde as pessoas sejam loucas e sejam mesmo afudê... enfim, em um lugar do caralho!
     - Espero que as alamedas de Porto Alegre tenham consolidado a amizade entre tu e tua ex...
     - Espero que a Querida Superhist possa povoar teus pensamentos juntamente com Mr. Frog e suas façanhas...
     - Espero que ao longo desse tempo todo de música genial muitas tortas e cucas tenham sido abertas por causa da tua música...
     - Espero que tenhas conseguido mostrar que tu eras o cara que caía bem ao lado dela, o aquariano que a capricórnio queria, e, finalmente ter sido seu novo namorado...
     - Espero que a Miss Lexotan finalmente tenha conseguido relaxar e tenha encontrado um cara para comê-la estando apaixonado...
     - Espero que muitos tenham se ligado na tua essência interior e que ela seja tão linda quanto as músicas que quiseste fazer lindas.

     Vá com Deus Júpiter!


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6.8.15

Resultados X Insistência (persistência?)




     Uma coisa é certa: nada acontece por si só. Nenhuma coisa ou efeito acontece do nada espontaneamente. Aliás, diz a Física que o universo tende à desordem, isso é conhecido em Física como Entropia. Desordem quer dizer caos, onde nada bate com nada, circunstância na qual tudo que está arrumado e ordenado, se ficar por conta própria, se desordenará e se desarrumará. E coisas desordenadas e desarrumadas não compõem nada, repito, nada! Vejamos um exemplo aleatório... digamos, o universo! Então, parece mesmo que uma explosão que partiu de um ponto (conceito matemático), que até agora não passa de uma teoria aceita pela comunidade científica e da qual nada sabemos de verdade, é a própria Criação do Universo? Como bem lembrou minha mulher, um certo Hippolyte Léon Denizard Rivail disse em uma de suas obras: "é dar muito crédito ao acaso, não?", ou quase isso. O fato é que por algum motivo, algumas pessoas se sentem mais confortáveis em creditar pequenas coisas, tais como o universo ou a vida que ele contém, ao acaso. Deve ser de uma soberba ou de um cagaço, ou ainda, os dois combinados, pra se preferir o acaso a Deus (qualquer um que seja), que eu nem consigo imaginar, enfim, esses terão seu tempo.


     Essa pequena introdução foi apenas para falar de resultados, agora num âmbito muito mais palpável: a nossa própria vida. Sempre estive em busca de resultados, quem não está? A questão aí está na palavra "busca". A maioria de nós, e eu não me excluo disso, quer os resultados do mesmo jeito que o acaso "criou" o universo e a vida. Queremos a coisa (na maioria das vezes) sem sequer nos darmos ao trabalho de pensar o que é necessário para tal coisa acontecer. Nem me refiro necessariamente à preguiça, mas sim a uma espécie de torpor que faz com que acreditemos que reclamar ou simplesmente querer muito uma coisa são o bastante para que ela ocorra. Geralmente coisas que queremos de verdade estão ao nosso alcance. Quem estiver pensando em criar um universo ou algo tão megalomaníaco quanto, perdeu tempo lendo isto. Estou sendo realista, na medida do possível. Voltando, se o que queremos via de regra está ao nosso alcance, só precisamos de um deus para que isso aconteça. Qual deus? Nós mesmos! Somos senhores do nosso universo e responsáveis por ele, ou seja, nossa vida é o que fazemos dela. Concluindo (e isso serve muito pra mim mesmo): se queres algo ou alguém, olhe com atenção estude a situação e veja quais parâmetros são necessários para a realização desse "algo" ou para conquista desse "alguém", enfim, levanta a bunda da cadeira e te mexe! O acaso não vai fazer nada por ti, e Deus tem coisas muito mais importantes para fazer do que se ocupar das tuas coisinhas.




P.S.: Apenas para evitar a crucificação antecipada, quando me refiro à "coisinhas", falo de desejos materiais ou emocionais comuns que fazem parte das coisas da vida e que nos ajudam a melhorar. Nunca à grandes tragédias ou certas situações que destroem o emocional de qualquer pessoa.



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13.5.15

Fim da Rádio Ipanema FM de Porto Alegre


Li a notícia no site do Correio do Povo e não acreditei. A Ipanema vai acabar!

Tenho 36 anos e ouço a Ipanema desde os 11 anos de idade. Faz parte da minha vida. Tenho memorizada no celular, rádio do carro e de casa.

Como ficaremos agora?

É com profunda tristeza e lamentação que recebo essa notícia, mais uma vez o dinheiro venceu a cultura, a arte e o verdadeiro Rock.

Estaremos daqui para frente sem rádio, sem a experiência musical dos locutores e as dicas de música destes. Mas principalmente, sem a VERDADE sobre o que acontece de novo e o respeito pelo que sempre serão os clássicos. Estaremos sujeitos ao jabá, ou melhor, estarão. Quem continuar a ouvir rádio, porque esse aparelho não terá mais utilidade nenhuma para mim.

Sempre que possível ouvirei pelo site, mas, nunca será a mesma coisa.

Espero sinceramente que os números mostrem se tratar de uma decisão estratégica equivocada e que os senhores detentores do poder, tenham a humildade de retroceder em tal decisão e a Ipanema volte para o dial.

Lamentável.

7.5.15

Tempo, tempo, tempo...


    O que é o tempo? Quem se atreve a dizer? Existem inúmeras teorias a respeito, mas, nenhuma delas, nem nenhuma pessoa conseguiu - e talvez nunca consigam - definir a percepção individual de tempo (ou de qualquer coisa). Dado esse raciocínio, eis um breve relato sobre a minha percepção de hoje sobre o tempo.

    Que atire a primeira pedra o hipócrita que ousar bradar que nunca olhou para trás com saudade, que nunca desejou reviver ou até mesmo mudar algum dia de sua vida que ficou no passado, diga isso e lhe direi: Hipócrita!

    Tudo bem, viver no passado é o caminho mais curto para a loucura, não é disso que estou falando aqui.

   Bem, é no mínimo curioso como um acontecimento ocorrido há uma semana pode deixar a impressão de ter sido há 15 ou 20 anos atrás e o contrário também. Isso me ocorreu hoje fortuitamente e acabei lembrando da tenra idade da infância/adolescência, e de tudo que me cercava naqueles tempos.

     A primeira tentação do saudosista obstinado é achar que tudo era ótimo, que as coisas eram muito melhores do que são hoje e que nunca haverá tempo tão bom novamente. Confesso, já fui assim. O problema de se viver com essa ideia, é que a cada dia, a vida vai se tornando pior. Lógico. Se o passado é o que irracionalmente é bom, o presente sempre vai ser ruim, e o mesmo presente que hoje é ruim, amanhã será bom, simplesmente por ter se tornado passado. A esse respeito posso citar certa vez, quando perguntei sobre isso para um grande amigo, ao que ele me respondeu: "Do passado eu não tenho saudade, tenho saudade do que eu gosto não ser mais moda". Enfim, isso é chover no molhado.

    Também é curioso como tantos ideais, convicções e pessoas vem e vão ao longo do tempo. É curioso como o tempo pode se tornar uma simples sucessão de coisas, sejam elas ideais, convicções ou pessoas. Isso foi o que hoje me pôs a refletir.

     Me sinto exatamente (ou quase) como há 15 ou 20 anos atrás, mas, obviamente não sou o mesmo. Nada permaneceu igual de lá para cá, e provavelmente a configuração que se apresentou para mim naquela época ou agora, bem como para qualquer pessoa, nunca se repetirá em nenhum momento da vida em circunstância nenhuma. Por isso, hoje em dia quando penso no passado, me sinto um pouco como no quadro do Salvador. Fico contemplando por um tempo uma paisagem muito bonita, que eu ainda consigo enxergar muito claramente, mas, que é absolutamente intangível... fico um pouco assim... depois fecho a janela, conserto a garganta, olho ao redor e volto para o meu futuro passado.


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17.3.15

Ideias querendo sair


     É curioso como todo mundo sempre tem algo a dizer. Todo mundo quer expor seu ponto de vista, como se isso fosse mudar alguma coisa. Bem, dependendo do nível de exposição da opinião ela pode mudar a opinião dos outros. Exemplo: Aqui em Porto Alegre tem um jornal, que mantém uma coluna de um certo cidadão, na verdade um velho decrépito, que expõe ali suas ideias e opiniões sobre qualquer assunto da maneira como lhe convém, sem se importar com ninguém. Trata-se de um velho senil, extremamente pedante e que incrivelmente tem lá seus fãs (as pessoas são estranhas mesmo, existem nazistas até hoje), quem mora em Porto Alegre já sabe de quem estamos falando.

     Por diversas vezes me imaginei como um colunista que tivesse um espaço generoso como o dele, e, como eu me comportaria nessa situação. Sim, me comparei ao tal ser humano da coluna: um especialista em porra nenhuma com um canhão comunicativo nas mãos. Cheguei a conclusão que deve ser difícil arranjar assunto para todos os dias. Chega uma hora que, por mais que se queira ter opinião sobre todos os assuntos, não se tem mais o que inventar. Mas pera lá! Isso não isenta o velho decrépito de sua loucura.

      Escrito o caô introdutório, vamos aos finalmente: já estava há uma semana sem escrever, pensei então que se não me (es)forçasse um pouco, o blog iria acabar morrendo na casca. Fiquei pensando no que escrever, procurando assunto, então resolvi escrever sobre escrever. Rolou. Foi só pensar nas pessoas (isso inclui eu é claro), e como se importam e tem opiniões a respeito de coisas que não fazem a menor diferença em suas vidas e saiu. Saiu curtinho, mas saiu fácil, porque afinal, como o Ploft aí em cima, sempre tem uma merda pronta pra sair a qualquer momento. Basta (es)forçar-se.

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6.3.15

Primeira Postagem

     
     É estranho (para mim) pensar em escrever publicamente e ser verdadeiro ao mesmo tempo. Dificilmente, acredito, coisas escritas para o público são 100% honestas. Mesmo as que dizem ser, só dizem pra chamar a atenção de leitores em potencial. De qualquer forma, estou mais interessado em expor ideias e pensamentos e ver quanto tempo vai demorar até que algum conhecido note, ou seja, não estou à procura de leitores!

     
     Pensando assim resolvi: "Que se foda! Ninguém lê essas merdas de blogs mesmo!". Deve ser como escrever num diário... ou assim eu imagino, pois, nunca tive um diário também...

       
     Dito isto, eis a Primeira Postagem.