É curioso como todo mundo sempre tem algo a dizer. Todo mundo quer expor seu ponto de vista, como se isso fosse mudar alguma coisa. Bem, dependendo do nível de exposição da opinião ela pode mudar a opinião dos outros. Exemplo: Aqui em Porto Alegre tem um jornal, que mantém uma coluna de um certo cidadão, na verdade um velho decrépito, que expõe ali suas ideias e opiniões sobre qualquer assunto da maneira como lhe convém, sem se importar com ninguém. Trata-se de um velho senil, extremamente pedante e que incrivelmente tem lá seus fãs (as pessoas são estranhas mesmo, existem nazistas até hoje), quem mora em Porto Alegre já sabe de quem estamos falando.
Por diversas vezes me imaginei como um colunista que tivesse um espaço generoso como o dele, e, como eu me comportaria nessa situação. Sim, me comparei ao tal ser humano da coluna: um especialista em porra nenhuma com um canhão comunicativo nas mãos. Cheguei a conclusão que deve ser difícil arranjar assunto para todos os dias. Chega uma hora que, por mais que se queira ter opinião sobre todos os assuntos, não se tem mais o que inventar. Mas pera lá! Isso não isenta o velho decrépito de sua loucura.
Escrito o caô introdutório, vamos aos finalmente: já estava há uma semana sem escrever, pensei então que se não me (es)forçasse um pouco, o blog iria acabar morrendo na casca. Fiquei pensando no que escrever, procurando assunto, então resolvi escrever sobre escrever. Rolou. Foi só pensar nas pessoas (isso inclui eu é claro), e como se importam e tem opiniões a respeito de coisas que não fazem a menor diferença em suas vidas e saiu. Saiu curtinho, mas saiu fácil, porque afinal, como o Ploft aí em cima, sempre tem uma merda pronta pra sair a qualquer momento. Basta (es)forçar-se.
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