Fim de Ano

Natal, de novo...

Ano novo, de novo...

Tudo igual... Não!

Tudo muito diferente.

Ciclos se encerrando, pensamentos se modificando, situações se esvaecendo outras se consolidando...

Grazie Signore!

Cozinha

- E aí, tranquilo?
- Tranquilo.
- Tranquilo que nem cozinha de hospício?
- Ha, ha, ha... Qual o sentido dessa analogia?
- Tu já viu louco reclamar da comida?
- Ha ha ha ha ha... E se reclamar, é louco né... ninguém dá bola.

Todos riram, sem saber quem era louco e quem não era...

The tremendous Kathy Bates as Annie Wilkes in "Misery"

Tempo, tempo, tempo... II

A doutrina espírita ensina que Deus é eterno. E segundo a doutrina, eterno é o que não tem início nem fim.

Deus é! Sempre foi, e sempre será.

E o tempo? Como pode isso?

Bem, Ele é o criador do tempo também.

Imagina uma pista (circuito) de kart.

Entendo que nós todos somos uma pista completa (analogamente falando, é óbvio). Isto em termos de tempo, ou seja, todo nosso tempo não está, mas ao exemplo de Deus, é.

Porém, por algum motivo que não me atrevo a tentar decifrar, Deus nos faz carrinhos de kart a percorrer o nosso todo, pedaço por pedaço, igual na pista. Atravessando inexorável sucessão de fatos.

Desta forma, é como se tudo que nos diz respeito fosse possível dentro da pista que nos compete existir. O detalhe é que só conseguimos ver uma coisa de cada vez, e o nosso kart jamais anda em sentido inverso da pista.

E a exemplo da pista acima, há mais de um trecho que leva o carrinho ao mesmo ponto por caminhos diferentes.

As vezes viajo pensando que no dia em que conseguirmos nos livrar da forma de kart, e assumirmos a forma de pista, estaremos livres de ter de viver a passagem do tempo. Estaremos livres do tempo.

Daí me pergunto: quanto tempo mais será preciso para não haver mais tempo?

Turn the page

Vire a página, a jornada continua.

Chega um tempo em que você tem que escolher
entre virar a página e fechar o livro.

O dia pode ter sido ótimo

Ou o dia pode ter sido péssimo                           

Mas acabou

Hora de virar a página













OUÇA AQUI - Metallica - Turn the Page

Sonho e realidade

Faz tempo já, eu tive um sonho.

Uma mulher burra, um homem obcecado, um lugar ermo, pouco povoado.

O homem sofria profundamente por aquela mulher, que lhe desprezava...

Ela gostava de mim (ao mesmo tempo que eu era o homem obcecado), ou eu apenas despertava algum desejo ambicioso nela, uma espécie de lascívia ou interesse financeiro... não sei. Não parecia alguém capaz de se importar de verdade com alguém além dela mesma e do seu próprio bem estar. Volúvel.

Me lembro claramente de quererem que eu me sentisse aquele homem. De quererem que eu assumisse como verdadeiras as projeções das personalidades elencadas naquele sonho.

Dei meu jeito – naquele sonho – mandei se foder!

.

.

.

Essa noite o sonho foi parecido, porém, um pouco diferente. Parecia muito eu.

Parecia não haver vínculo atual, mas, pretérito. Parecia despeito, desprezo. Atitude lasciva forçada.

Tentativas oportunistas de abalar minha convicção e confundir meu sentimento.

Às vezes me sinto como a Britney Spears naquela música Piece of Me, exceto pela fama e grana.

Deus, permita-me:

Vão se foder!

Britney foi alvo de piadas nessa época difícil.

OUÇA AQUI - Piece of Me da Britney Spears

6 anos e 1 dia

Esse post era para ter sido escrito ontem. Como não foi, vai hoje mesmo.

Há quase exatos seis anos atrás, eu mergulhava no que viria a ser uma das experiências mais significativas e reparadoras da minha vida. Digo "uma das", porque, nada se compara aos nascimentos, o meu próprio, e os dos meus filhos.

Era para ter acontecido em uma segunda feira, dia primeiro há seis anos atrás, segunda feira igual a este ano. Porém, um cabo de embreagem rompido transferiu o dia para terça feira, dois de outubro de 2012. Meu Deus! Quantos avisos. Quantos sinais. Deus bem que tentou avisar.

Mas, Deus não dorme. Até quando o filho enfia os pés pelas mãos, Ele dá um jeito de fazer aquilo servir para alguma coisa.

Muita coisa acontece em um dia, que dirá em seis anos!

Da literatura espírita, consegui depreender uma coisa que é quase sempre verdadeira. Aqui, na ilusão da carne, quase sempre os valores são invertidos. Exemplo: levar vantagem aqui, significa quase sempre contrair débitos para o futuro. Às vezes, para outras encarnações.

Outra coisa, é que a dor é construtora e purificadora. Enfim, assunto que se estende...

Este dia ocorre todos os anos há seis anos. O que aconteceu neste ano, que me chamou a atenção, foi coincidirem também os dias da semana, inclusive a chuva. Pelo menos o carro não estragou. Queira Deus que o aprendizado esteja sendo concluído.

Isto também vai passar.

Ezequiel 25:17

Esse trecho da bíblia trata claramente sobre vingança. Proteção. Perseverança.

Acho que deve ser natural ao Homem a ideia de vingança. Entendo a vingança como sendo o ato de trazer algum prejuízo significativo a quem, de alguma forma, me ludibriou ou prejudicou de alguma forma. Para mim, essa ideia traz um certo conforto, ainda infelizmente. Hoje em dia sou sabedor da imperfeição deste recurso, e principalmente, da imprecisão dos efeitos, o que naturalmente implica em assombroso aumento de injustiça. Depois de se aprender algo, não vale alegar ignorância.

Aqui, faço uma menção a uma obra do cinema, que eu gosto muito, e que dramatiza bastante a questão da vingança.

É óbvio que até assistir o filme nunca havia sequer tomado conhecimento deste versículo.

No grande Pulp Fiction, no início do filme, tem aquela parte do Samuel L. Jackson e do John Travolta, na qual eles vão executar uns caras e o Samuel cita uma passagem da bíblia, Ezequiel 25:17.
Isso é o que está escrito na bíblia:

"Executarei neles grande vingança e os castigarei na minha ira. Então, quando eu me vingar deles, saberão que eu sou o Senhor"

No filme ele faz uma adaptação, que ficou bem mais dramática, e que para o filme funcionou muito bem:

Ezekiel 25:17 (dialogue)

The path of the righteous man is beset on all sides

By the inequities of the selfish and the tyranny of evil men.

Blessed is he who, in the name of charity and good will,

Shepherds the weak through the valley of darkness,

For he is truly his brother's keeper and the finder of lost children.

And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger
Those who attempt to poison and destroy my brothers.

And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon you.

OUÇA AQUI

TRADUÇÃO:

Ezequiel 25:17 (diálogo)

O caminho do homem justo está cercado por todos os lados

Pela iniqüidade dos egoístas e a tirania dos maus.

Bendito aquele que, em nome da caridade e boa vontade,

Guie os fracos através do vale das trevas,

Pois ele é verdadeiramente o guardião de seus irmãos e localizador de crianças perdidas.

E eu vou derrubar sobre ti com grande vingança e raiva furiosa

Aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos.

E você saberá que meu nome é o Senhor, quando minha vingança cair em cima de você.

Quando Vier a Primavera

OUÇA LENDO:

Alberto Caeiro, "Poemas Inconjuntos" 

Heterônimo de Fernando Pessoa 

Pensamento do Dia...

Por que será que toda merda é marrom?

Marronzinho, marrom forte, mas, sempre marrom. Independente do que se coma...

Fases

Houve uma vez dois verões

Uma noite com Sabrina Love

O segredo do meu sucesso

Anos Incríveis

Os Simpsons

O Náufrago

Amadeus

?

Dia de Chuva

No dia de chuva

As árvores dançam

Ah! Como eu queria...

Interromper, sem nem saber

Do que se tratava

Aquele dia

Dia de chuva

.

.

.

Os carros flutuam

As pessoas se arrastam

Sem desconfiar

Que o céu está baixo

E a poeira está alta...

Nesse dia...

Em que tudo acontece ao mesmo tempo.

Diretamente de 2009:

DIA DE CHUVA

Thought of the day

The most times, when the shame is bigger than myself, I prefer to think in english.

I even can't speak or write correctly in this language, but, it works like a kind of wall, under which I can hide from myself.

I know I'll have to face myself completely one day, until there I remain going on, trying to do my best.

That was the thought of the day.

Folhinha de Couve

Em um dia frio como hoje, há trinta anos atrás, e talvez há até um pouco menos para trás, ouviria de uma certa senhora: Meu filho, não me sai pra rua só com esta folhinha de couve!

Era uma tradição. Tradição esta, que passou da Dona Zilda para a Dona Luiza, e que hoje tento manter viva dizendo o mesmo para minha filha.

Um dia...

                                                          The Secret Life of Walter Mitty


Um dia serei tão competente, que não precisarei mais usar o plural.

Um dia serei tão alegre, que não me importarei em ter que ser autêntico.

Um dia pensarei tanto nos outros, mas tanto, que só me importarei comigo.

Um dia serei um cara legal (já falei sobre isso aqui)...

Um dia farei a barba diariamente.

Um dia terei oito calças jeans.

Um dia serei tão desapegado, que não me importarei se meu Camaro estiver sujo.

Um dia serei tão inteligente, que só enxergarei o que me serve à motivação do que eu já quero.

Um dia...

Por enquanto, sigo sendo eu mesmo.

Larry The Dog

Era uma vez um cachorro. Um cachorro que gostava de ser chamado de Cão.

As pessoas lhe diziam que "Cão" não era nome. "Cão", referia a espécie dele. Mas, ele por ser cachorro, e cão também, não entendia esse tipo de argumentação. Esse dilema durou anos. Pode-se até mesmo dizer que virou um impasse.

Como a coisa estava assim, já havia algum tempo, as pessoas lhe deram um apelido: Larry.

Meio inglesado mesmo, pronunciado léuri. No início ele não gostou, insistia que seu nome era "Cão", mas, as pessoas continuaram a chamar-lhe Larry.

Lá pelas tantas, depois de algum tempo ele começou a atender por Larry.

Esse movimento por parte do Larry tocou as pessoas. Ficaram sensibilizadas com aquele ser canídeo que aceitara a identidade imposta pelos hominídeos apenas para ser aceito em seu meio.

Foi assim então, que o nome completo dele foi nascendo.

As pessoas queriam respeitar o seu desejo de ser chamado de "Cão", porém, como já haviam se habituado a chamá-lo de Larry, começaram a colocar um "The Dog" depois do Larry.

Larry The Dog.

Explicaram para ele que significava "cão" na língua inglesa. Que seria uma variação sutil, e que combinaria muito mais com "Larry". Ele gostou.

Pronto. Havia acabado de nascer Larry The Dog.

Larry, o cão sem fronteiras.

Larry, o cão natural.

Larry, o cão alegre.

Larry, o cão faminto.

Larry, o cão sorridente.

Larry.

Larry The Dog!

E esta é a verdadeira história deste, que entre nós, é o maior dos cães.

É aquele presente em todos os países. É aquele que faz um sucesso silencioso, há tanto tempo que sua cultura o precede.

Larry The Dog!

Marcelo Marmelo Martelo

A 150 milhões de quilômetros daqui...

Hoje pela manhã eu me acordei e vi uma estrela brilhando a 150 milhões de quilômetros daqui. Vi mesmo, de verdade.

Na hora, fiquei tentando imaginar como seria sentir a velocidade a que nos locomovemos ao redor dela...

Me dei conta dos carros apressados e das pessoas com seus destinos diários. Eu, inclusive.

Todos adormecidos pelo esquecimento. Ou quase todos.

Para o senso comum, de encarnado com a consciência adormecida, o Sol nasce, inaugura um novo dia com suas atividades e dita o ritmo de cada dia, e da vida. Sempre. Mas, isto para o senso comum.

Muito legal, porém, é ver de fora.

Algumas poucas vezes na vida podemos nos dotar de "olhos para ver". E isto é tão reconfortante. Obrigado Deus!

A famosa mancha vermelha de Júpiter, que é uma tempestade - não sei quantas vezes maior que o nosso planeta - aliás, a maior tempestade do Sistema Solar, quando vista daqui da Terra (e me refiro a telescópios), é só uma mancha. Até de mais perto, continua sendo apenas uma mancha.

Fazendo uma analogia talvez um pouco cretina, mas, bastante funcional: nossos problemas de encarnados podem ser vistos de forma semelhante, quanto à importância para o espírito. Explico.

Dentro dos problemas, vivenciamos tempestades infindáveis, terríveis. De fora, talvez se configurem apenas manchas.

Talvez sejam invisíveis.

Mais uma vez: obrigado Deus!

Is Blogging Dead?

Quem lê blogues hoje em dia?

Em tempos de youtubers e netflix acho que os blogues estão mortos.

Desilusão

                                                                                     Dança da Solidão

Se a desilusão "é a visita da verdade", por que isso deveria ser ruim?

Estar iludido, equivale a viver algo que só existe na cabeça de quem se ilude. Não diz respeito à realidade.

E não viver a realidade é perda de tempo. Porém, às vezes, a ilusão pode ser mais atraente que a realidade. O que explica a enormidade de gente se iludindo.

Querer, não é poder. Fazer, é poder. Não fazer, é poder.

Por mais que nos iludamos, infalivelmente, seremos chamados à realidade em algum momento. E quanto mais tempo leva, mais dolorido é.

A grande vantagem, neste caso, é que podemos desiludir a nós mesmos o tempo todo. Só tem que prestar atenção, e aceitar que não é Deus.