5.4.17

Três Beijinhos é o Caralho!



Semana produtiva.
Como meu compromisso com atualizações neste blog é apenas comigo mesmo, pode acontecer de eu ficar seis meses sem postar nada, como, pode acontecer de na mesma semana haver três posts. Esta é uma fase frutífera.

Bem, o que me ocorreu hoje diz respeito a uma das máscaras sociais.
O famoso "três beijinhos".
Há de se ser comedido no que tange à condenação da prática em si por se tratar de um aspecto cultural.
Com todo comedimento possível, vamos lá!

Beijar uma pessoa, ainda que seja no rosto, é uma coisa muito pessoal. Beija quem quer, e se deixa beijar quem quer também. E isso se aplica a qualquer âmbito social. Meu foco aqui é o ambiente profissional. O local de trabalho.

Via de regra, e, felizmente ou infelizmente, as pessoas com as quais nos relacionamos no ambiente de trabalho nos são impostas diariamente.
Sendo assim, qual a necessidade, ou ainda mais, qual a conveniência de se cumprimentar colegas de trabalho com beijinhos?

De forma bem pragmática, porém, seguro de não estar cometendo excessos, posso garantir que beijinhos diários em um ambiente tão formal (ou pelo menos deveria ser) como o trabalho denotam apenas duas situações:

Uma é menos mal intencionada, mas, nem por isso menos desagradável, que é a do interlocutor obcecado por beijinhos ser extremamente carente e possuir uma necessidade dolorosa de calor humano, por tal ser o sofrimento causado pela ausência de vida social fora do ambiente de trabalho. Este é o tipo de pessoa que dá pena.

A outra diz respeito ao ser com uma certa má intenção direcionada aos colegas que ele ou ela elege como vítimas de seus "beijinhos". Essa pessoa é daquele tipo nojento, que tendo sido vítima de si mesma, teve sua vida amorosa fracassada, e vive uma eterna carência afetiva que ela projeta nos colegas no formato de beijinhos. Esta é o tipo de pessoa que, em geral, provoca repulsa.

Ok, sou obrigado pela minha consciência a abrir uma terceira possibilidade a fim de não ser considerado um carrasco impiedoso.

Esta terceira possibilidade é mais remota e diz respeito àquele tipo de pessoa mais desligada, que segue alguns padrões sociais impostos apenas por não saber ser autêntica. Por necessitar da aprovação alheia para viver. Isso acontece também, mas, não se engane! Esta última, é a situação menos comum.

Sendo assim, pense!
Avalie cada situação, e, quando alguém manifestar contrariedade, respeite.
Se for você o(a) beijoqueiro(a), pare com isso.
Do contrário estarás sempre sujeito a ouvir um sonoro e desagradável "três beijinhos é o caralho!".



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4.4.17

O Mundo Gira ao Meu Redor Sim!






Hoje estive pensando um pouco a respeito de um velho conhecido da humanidade: o egoísmo. Fiquei bem pouco tempo preso a esse pensamento, tal sua obviedade, mas, resolvi escrever um pouquinho.

Essa vai para os hipócritas que bradam que não acham que o mundo gira ao seu redor.

Uma constatação, das mais óbvias possíveis acerca desse assunto, diz respeito ao fato de que cada ser humano nesta porra deste planeta se acha o mais importante do mundo.
O seu problema é sempre o mais importante, sempre o mais grave, sempre o mais urgente.
O seu ponto de vista é sempre o correto.
Os seus motivos são sempre os justos.

Me intriga muito que alguns se vangloriem de não possuir esse defeito, como se acometidos por uma espécie de cegueira, e se julguem no direito de julgar. Sim, o pleonasmo é proposital.

Todo mundo é egoísta. Simples assim.
Todos são capazes de foder meio mundo em prol de si mesmos, novamente: simples assim!

A você que se ilude ser altruísta, abnegado, me ocorre uma palavra: hipócrita!

Se o mundo gira ao meu redor? É óbvio que sim!
Ao meu redor, e ao redor de cada um dos macacos pelados que parasitam esse planeta.

Se isso nos concede o direito de sermos piores? Isso depende de uma coisa chamada consciência. Essa sim, é a única capaz de nos foder, mas quando ela pega, pega mesmo. Por enquanto, a minha tá de boas comigo.


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